Escrita no ano de 1875, a "Escrava Isaura" [ASIN : B08NXGZLYS ] é um romance que procura retratar os usos e costumes da sociedade brasileira escravocrata do século XIX, tendo como pano de fundo, o contexto histórico da escravidão e os movimentos abolicionistas. O autor cria um romance nacional em que o amor é instrumento de denúncia da hipocrisia de seu tempo. No decorrer da trama é possível perceber como era a relação entre senhores e escravos, como aconteciam os castigos e o quanto a liberdade era almejada por todos eles. (...) Com a morte de seus antigos senhores, Isaura passa a “pertencer” ao filho deles, Leôncio Almeida, que escandalizou a sociedade local ao negar-se a libertar Isaura — último desejo de sua mãe no leito de morte que o pai de Leôncio, o Comendador Almeida, havia jurado fazer cumprir. Por sua boa índole, Isaura recusa-se a dar vazão aos desejos que o cruel Leôncio nutre por ela.
Escrito em plena campanha abolicionista (1875), o livro conta as desventuras de Isaura, escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso. O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo antiescravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro.
Romance / Ficção / Literatura Brasileira