Estrada Para Lugar Nenhum (Exit #16)

Como construir um sistema de transporte que ofereça mobilidade para todos

Road to Nowhere expõe as falhas na visão de futuro do Vale do Silício: serviços de carona, como Uber e Lyft, para nos levar a qualquer lugar; carros elétricos para torná-los "verdes"; e automação para garantir que o transporte seja barato e onipresente. Essas promessas são implausíveis e potencialmente perigosas.

Como mostra Paris Marx, essas visões tecnológicas são uma ameaça às nossas ideias sobre o que deve ser uma sociedade. Os carros elétricos não são uma bala de prata para a sustentabilidade, e os veículos autônomos não garantirão a segurança nas estradas. Não haverá túneis subterrâneos para eliminar o congestionamento do tráfego, e os serviços de micromobilidade não substituirão as viagens de carro tão cedo quanto veremos a chegada do tão esperado carro voador.

Em resposta, Marx oferece uma visão de uma forma mais coletiva de organizar os sistemas de transporte que considere as necessidades das pessoas pobres, marginalizadas e vulneráveis. O livro argumenta que repensar a mobilidade pode ser a primeira etapa de uma reimaginação mais ampla de como projetamos e vivemos em nossas futuras cidades. Precisamos criar ruas que permitam a interação social e o convívio. Precisamos de motivos para sair de nossos carros e usar os meios de transporte público determinados pelas necessidades da comunidade e não pelo controle algorítmico. Essas decisões devem ser orientadas pela busca da qualidade de vida e não pelo lucro.

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