Estrela da tarde

Estrela da tarde Manuel Bandeira


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Estrela da tarde





Estrela da tarde e livro da maturidade, obra crepuscular publicada em 1960, quando o poeta já superara a casa dos setenta anos, começava a meditar com mais profundidade na passagem desta vida para o outro lado do mistério e se mostrava convicto de ter cumprido bem a difícil missão de viver. Não e de se estranhar, pois, a presença mais ou menos obsessiva da morte, saudada com reverencia, conformismo e curiosidade. "O meu dia foi bom, pode a noite descer,/ (A noite com os seus sortilégios)", sintetiza Bandeira no poema "Consoada".
Mas, enquanto a "indesejada das gentes" não vem, o poeta deixa?se absorver, ainda uma vez, por motivos permanentes de sua obra, a paixão pela musica, compondo uma "Letra para Heitor dos Prazeres" musicar, o amor, a amizade fraternal que o leva a cantar amigos perdidos, Mario de Andrade e Jayme Ovalle, o que, de certa forma, realça ainda mais a presença da morte. Símbolo da vida e da arte literária, revelando a paixão do poeta pela tradição, o soneto ocupa um lugar especial nesta coleção de poemas, atestando o virtuosismo inigualável do sonetista "com o seu malicioso esplendor simbólico?parnasiano" (Ledo Ivo), um dos maiores da língua. Basta ler "Mal sem mudança" e "Sonho branco".
Ao lado da tradição, o poeta se arrisca em tentadoras experiências na mais radical corrente poética da época: o concretismo. Os seis poemas concretos do livro demonstram a lucidez e a curiosidade vivíssima do poeta. Estrela da tarde, com sua preocupação pela morte, simbolicamente se contrapõe a plenitude de vida de Estrela da manhã, encerrando um ciclo de extraordinária forca criadora, com o poeta purificado em espírito, esperançoso de uma vida mais alta: "Sou nada, e entanto agora/ Eis?me centro finito/ Do circulo infinito/ De mar e céus afora./ - Estou onde esta Deus".

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on 23/5/23


Não achei que fosse gostar dessa forma. Amei que ler as poesias e cartas me fez formar uma cronologia de sua história (a morte de um amigo, sua viagem, etc). Sua linguagem simples me fez interessar mais em ler outras obras modernistas. As poesias que mais gostei desse livro foram: ? Satélite ? Acalanto para as mães que perderam o seu menino ? Mal sem mudança... leia mais

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Natasha Knorst
cadastrou em:
30/09/2012 17:20:49

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