Como pensar a ética a partir das contradições de um mundo que, no mesmo espaço e ao mesmo tempo, produz uma ciência e intelectuais dedicados a pesquisar princípios de vida e armas de morte; progressos nas comunicações e mecanismos sutis e aberrantes de censura? Eis as questões: falso bem, falsa justiça, falsa liberdade, falsa virtude, que, ao criarem o homem da concórdia, da submissão e da boa-fé, o tornam duas vezes escravo: da superstição e das convenções.
Os textos que compõem essa obra, originalmente produzidos para o curso livre Ética, procuram, assim, pensar as razões pelas quais os homens se comportam de determinada maneira e por que a maioria das doutrinas morais conserva vestígios da servidão, no momento mesmo em que promete instaurar a liberdade.