Publicado em 1912, Eu foi a única obra do poeta paraibano Augusto dos Anjos. Posteriormente, com o acréscimo de Outras Poesias, deu-se origem à presente obra, que compila toda a produção literária do autor. Por meio de uma poesia que une as múltiplas correntes filosóficas, artísticas e científicas em voga no século XIX, como o pessimismo de Schopenhauer, a musicalidade simbolista, o culto parnasiano à forma e a tese evolucionista de Darwin, Augusto dos Anjos deu luz a uma obra inconfundível e que continua a encantar, e assombrar; uma legião de leitore Augusto dos Anjos nasceu na Paraíba, em 1884, formado no Liceu Paraibano e na Faculdade de Direito do Recife, atuou como professor, inicialmente em João Pessoa, depois no Rio de Janeiro. Em sua breve atividade literária, Augusto dos Anjos destilou seu pessimismo por meio de uma linguagem preciosista, com termos emprestados do léxico científico, abarcando temas considerados não-poéticos e até antilíricos, como a putrefação e a decomposição. Niilista e agressiva, a poesia de Augusto.
Poemas, poesias