Nas esquinas da Literatura Negra atual, a festa democrática da palavra, a que nos conduz Cidinha, aqui se faz outra vez. E acontece num gesto metalinguístico que faz o Orixá da Linguagem encontrar (-se) na própria linguagem, fazendo dela um grande acontecimento, às vezes trágico, às vezes cotidianamente cru, mas sempre belo. As africanidades, a orixalidade, as tensões e diálogos entre tradição e contemporaneidade são os motores desde Exuzilhar, verbo-neologismo que Cidinha da Silva criou em 2010, depois de intuir que o verbo "encruzilhar" poderia ser ainda mais complexo.
Crônicas