O Rei Aquenaton governou o Egito, durante alguns anos, quando esse país achava-se no auge de seu poderio, aproximadamente há 1.400 anos a.C.
Aquenaton era um filósofo, um artista, um santo — o primeiro a dar sentido a esta palavra e o mais antigo Príncipe da Paz. Através do disco visível do Sol — Aton — ele rendeu culto à "Energia no interior do Disco" — à Realidade última, que homens de todos os credos ainda procuram, consciente ou inconscientemente, sob milhares de nomes e por uma infinidade de caminhos. Ele mesmo intitulava-se Filho desse espírito, perpétua fonte de toda vida. "Tu ages em meu coração", declarou num de seus livros, e "ninguém Te conhece, exceto eu, Teu filho". Suas palavras, de há muito esquecidas, chegaram até nós por estarem gravadas nas paredes da tumba de um nobre; são estranhas palavras, que talvez representem o mais antigo poema, cuja inspiração pode ser atribuída a qualquer um: "Eu, Teu filho "
De fato, Aquenaton foi um dos raros homens capazes de expressar sua ideia de forma tão corajosa. O propósito deste livro é mostrar que, ao fazê-lo, ele não estava menos amparado do que qualquer outro mestre da verdade, por mais comovente que nos fossa parecer o sucesso do mais recente deles, comparado ao seu fracasso; ou por mais difundida que sua fama possa ser, quando comparada ao total ostracismo em que permaneceram os reis egípcias, nos últimos 3.300 anos.
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