Fome de Amor

Após o sucesso (de crítica e de público) de DELTA DE VÊNUS e PEQUENOS PÁSSAROS, a Artenova inicia com este FOME DE AMOR a publiação da coletânia de Anaïs Nin, Cities Of the Interior, em cinco novelas.
É a própria Anaïs Nin quem nos fala da odisséia que cumpriu a publicação dessa obra: "A história de Cities of the interior nunca foi contada e está na hora de desfazer alguns mal entendidos. Nunca planejei minhas novelas com antecedência. Sempre improvisei sobre um tema. Minha única preocupação ao escrever é que fosse sempre um estudo sobre mulheres. O primeiro livro transformou-se em Ladders to Fire (Fome de Amor). Quando foi aceito pelo editor, expliquei a ele que era parte um projeto maior e que outras novelas se seguiriam e ampliariam por sua vez os personagens. Mas o editor protestou, argumentando que o público não leria uma novela sequenciada, um roman fleuve, como dizem os franceses."
Comecei a segunda novela, Children Of the Albatross, como se fosse uma nova história e embora os mesmos personagens aparecessem, o tema era diferente. A novela foi publicada um ano depois de Ladders to fire e o elo entre as histórias deveria ser feito pelo leitor e críticos.
A terceira novela, The Four Chambered Heart só foi publicada três anos depois e muito da continuidade entre as novelas se perdeu nesse espaço. Ao contrário do Quarteto de Alexandria, de Durrell, sempre descrito como uma unidade, minhas novelas surgiam sem explicação.
Mas como um trecho de música que continua envolvendo uma pessoa, mesmo depois que parou de tocar, o tema continuava a se desenvolver na minha cabeça. Peguei-o novamente e, então, consegui levá-lo até o fim.
Agora que os laços que existem entre as histórias estão claros, espero que a viagem através deste primeiro livro seja mais profundo e menos difícil."
Em FOME DE AMOR Anaïs Nin reafirma suas qualidade de escritora imaginativa, refinada e profunda, embora sempre alegre bem-humorada. Ela percorre aqui todos os caminhos da sexualidade humana, mas sempre analisando a experiência sexual de um ângulo feminino. E é, sempre, sua visão de mulher, sem medo ou limites, que predomina. O resultado é um trabalho onde o erotismo e o sentimento permeiam, num registro sensível da realidade.