Histórias de craques comprometidos e ativos, como Sócrates e Cruyff. Jogadores que acreditavam que sua função no mundo ia além de propiciar belos gols. Jogadores que saíram da Espanha durante a Guerra Civil, que fizeram parte da KGB, que se opuseram a ditaduras na América Latina, que batalharam por reconhecimento e melhores condições de jogo, que enfrentaram o autoritarismo de técnicos e governos, que participaram de movimentos sociais, que viram outro tipo de surpresa dentro da caixinha. Franceses, italianos, espanhóis, bascos, argentinos, chilenos, brasileiros e outros que tinham algo em comum afora o talento: empatia e vontade de se manifestar.
O livro fala de um futebol diferente. Que escapa à mesmice de gestos e declarações sempre afogados nas exigências comerciais de um mundo que parece - mas apenas parece - cada vez mais sem opções. Um futebol que contesta e, assim, resgata a paixão que é sua razão de ser. Como diz Celso Unzelte na apresentação, "mesmo tendo trabalhado o tema nos últimos 30 anos como jornalista e pesquisador, a imensa maioria dos relatos soou-me como inédita. Até as histórias conhecidas, porém indispensáveis, são apresentadas de forma mais que interessante, sempre beirando as emoções tão características de um jogo de futebol".
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