Reunião de relatos memorialísticos em que o pintor gaúcho retorna à sua infância e adolescência, relembra casos amorosos, passa pelo tumultuado episódio de assassinato no qual se envolveu, nos anos 80, fala de alguns de seus principais companheiros de geração, fazendo também uma aguda reflexão sobre seu próprio trabalho. Segundo Augusto Massi, que organizou e prefaciou os textos, “mesmo quem desconhece a produção pictórica de Iberê Camargo encontrará na leitura de suas ‘memórias’ um narrador imaginativo que transcende os trilhos autobiográficos”. Sem ser dedicado ao estudo direto da obra, o livro ajuda a compreendê-la, refazendo uma ampla rede de correspondências e analogias.