Em ano de Copa, Guia Politicamente Incorreto do Futebol marca um golaço nas velhas ideias sobre o esporte.
O jeito mais fácil de parecer especialista em futebol é repetir ideias com as quais quase todo mundo concorda. Seleção brasileira de 82? Basta dizer que “foi a melhor que já tivemos, apesar de não ter conquistado o Mundial” e pronto: a turma do sofá vai te passar uma latinha e te olhar com respeito durante o jogo. Também é assim quando se fala sobre o Ricardo Teixeira (“Frio, mesquinho, sem escrúpulos!”) ou o Galvão Bueno (“Esse não entende nada de futebol!”).O problema é que, no meio dos clichês futebolísticos repetidos a cada escanteio, há teses cambaleantes e frangos historiográ¬ficos. Esses mitos são o alvo do Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Com coragem e conhecimento para defender opiniões divergentes, os jornalistas Jones Rossi e Leonardo Mendes Júnior repassam quase tudo o que sabemos sobre futebol.A Seleção de 82 tinha talentos acima da média? É verdade, mas era ingênua e autoconfiante a ponto de mal se preocupar em estudar os adversários. Ok, Galvão Bueno pode não ser um mestre da técnica, mas sua capacidade de transformar o futebol numa novela dramática torna o esporte muito mais divertido. E lembra aquela história da Democracia Corintiana?Bobagem: a Democracia Corintiana era uma ditadura.Depois da História do Brasil, da política da América Latina e do Mundo, é hora de continuar o trabalho, de jogar tomates nas verdades politicamente corretas sobre o futebol.
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