Inserem-se neste segundo volume da História de Roma de Tito Lívio os livros VI-VII-VIII-IX e X e resumos dos livros XI a XX, e mais o livro XXI. Os livros VI e VII descrevem a época que Roma entra em contato com culturas e sistemas políticos nascidos e em curso fora dos limites da península – célticos, gregos e cartagineses -, ao mesmo tempo que vê delinear-se sua histórica vocação mediterrânea.
Contêm os livros VIII-IX e X o arremate da “primeira década” da obra, fundamental para o conhecimento da história romana arcaica. O período que lhes corresponde e chega a 292 a.C. assiste a difícil consolidação – pela derrota definitiva dos etruscos e as guerras com os úmbrios e samnitas – do domínio de Roma na Itália central e à expansão na Itália meridional, onde se defronta duramente com os ápulos, os lucenos e os gregos de Tarento. A narrativa de Tito Lívio permite colher, com vivacidade a dinâmica desses conflitos, as razões de vencedores e vencidos.
Com o livro XXI, tem início a “terceira década” da história de Tito Lívio. A interrupção, que abrange um período de cerca de oitenta anos (de 292 a 219 a.C.), deve-se à perda de toda a “segunda década”. A dolorosa mutilação infligida pelo tempo a esta que, não obstante, continua a ser a mais vasta obra histórica legada pelos antigos, privou-nos entre outras coisas do relato da mais longa das guerras púnicas, a primeira (264 – 241 a.C.). Com a segunda guerra púnica abre-se a “terceira década”, na qual se destaca, naturalmente, a figura de Aníbal, desde quando, menino de apenas nove anos, pronunciou o célebre juramento.