O terceiro volume da História de Roma de Tito Lívio contém os livros XXII-XXIII-XXIV-XXV-XXVI e XXVII da “terceira década”- todos recheados de acontecimentos.
Aníbal, após perder um olho em consequência de sua frequentes vigílias nos pântanos, chega à Etrúria. Caio Flamínio e seu exército são massacrados no lago Trasimeno; o exército romano também sofre tremenda derrota em Canas. Conclui-se aliança entre Aníbal e Filipe, rei da Macedônia.
A guerra anibálica envolve todas as regiões da Itália meridional, dos Abruzos à Apúlia, da Campânia à Sicília. Cidades ilustres tornam-se palco de longos e extenuantes assédios: Tarento, Cápua e Siracusa, onde morre Arquimedes.
Mais, se Aníbal continua em primeiro plano, não faltam aqueles que vão dificultando cada vez mais sua arrancada vitoriosa do Ticino ao Trébia, do Trasimeno a Canas. Seus adversários também trazem nomes célebres: Quinto Fábio Máximo, Cláudio Marcelo, Tito Mânlio. Se é verdade que Aníbal chega a dois passos de Roma e contempla a cidade do vizinho templo de Hércules (Hannibal ad portus!); se é verdade que Marcelo, que o destino impele inexoravelmente contra ele, cai vítima de uma emboscada habilmente armada pelo Cartaginês, também é verdade que Aníbal começa a perder terreno. E, na Espanha, esboça-se o perfil de Cipião, cognominado o Africano, que substituirá Fábio e Marcelo e saberá assestar-lhe o golpe de misericórdia.
O livro XXVII termina com a morte de Asdrúbal n Metauro: a cabeça decepada do irmão, atirada diante do corpo de guarda de seu exército, faz com que Aníbal pressinta seu próprio fim e a ruína de Cartago.