Vera Fróes Fernandes, com sua História do Povo Juramidam, restituiu à opinião pública o significado concreto da práxis que sustenta uma importante expressão cultural dos povos da Amazônia - índios e caboclos - aiuasqueiros, desde tempos que só a oralidade registra.
Mas, Vera Fróes não se deixa seduzir pelo fantástico das "mirações", o caráter mágico das curas inúmeras, do corpo e da "alma", ou o paciente ritual que começa na vida comunitária, passa pelo preparo da aiuasca (Daime), a sua ingestão de maneira peculiar, até as consequências desejadas. Neste fazer de historiadora, ela abandona o deslumbrante que marcou os depoimentos dos autores recentemente editados no Brasil. Antes mesmo de ser estudada no Brasil, a aiuasca já atravessara as fronteiras da Amazônia, tendo suas propriedades químico-terapêuticas interessado a cientistas de vários países.