Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil [1651] :::
Baseando seu pensamento na tentativa de conciliar o empirismo e o racionalismo clássicos, no determinismo mecanicista e no nominalismo, Hobbes discute no Leviatã, sua obra mais importante, a natureza, a origem e a organização da sociedade e do Estado. Partidário do absolutismo político, defende-o sem recurso à noção de direito divino. O poder absoluto do governante resultaria de contratos estabelecidos entre os homens e capazes de transformar o estado de antureza em que todos os homens viveriam em guerra contra todos os homens em sociedade organizada. Artificial e precário, o pacto social exigiria, para sua manutenção e manutenção da paz, a transferência de todo poder para as mãos de um governo absoluto. Refletindo a situação histórica da Inglaterra de seu tempo, a obra de Hobbes foi rebatida pela solução liberal apontada, também na Inglaterra, por Locke. E o absolutismo real foi derrotado pelo liberalismo, que instituiu a separação e autonomia entre os poderes e fez prevalecer a mentalidade civil e o espírito de tolerância.
Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva
Pesquisa da introdução por Paulo Sérgio de Morais Sarmento.
Consultoria da introdução por João Paulo Monteiro.
Filosofia