O livro apresenta os estudos realizados pelo psiquiatra forense Robert I. Simon em casos reais, com análise dos desvios de comportamento, um olhar sobre os fatores protetores que garantem a “normalidade” da maioria de nós e uma reflexão sobre o que significa ser humano. O autor destaca que a violência pessoal é tema presente em todas as religiões e durante a história da humanidade. Hoje, os casos de violência são a matéria-prima dos noticiários. Nos Estados Unidos, por exemplo, a cada 22 segundos alguém é espancado, esfaqueado, ferido a bala, assaltado, estuprado ou morto. “Na era da violência imotivada, ninguém se sente seguro”, afirma.
Dados descritos na obra revelam que um americano médio ao completar 18 anos de idade já assistiu a 250 mil atos de violência, incluindo 40 mil assassinatos, na televisão. Depois de 40 anos de trabalho como psiquiatra clínico e forense, Simon está convencido de que não há um abismo entre a vida mental do criminoso e do cidadão respeitoso que leva sua vida de maneira regrada. “O lado obscuro está presente em todos e não existe a dicotomia ‘nós-eles’ entre os bons cidadãos, ‘nós’, e os criminosos, ‘eles’”, afirma o especialista.
Para o psiquiatra, as pessoas boas estão longe da perfeição em termos de comportamento. “Não somos nem totalmente bons nem totalmente maus, em diferentes graus somos uma combinação de ambos e uma situação inesperada pode se transformar em oportunidade para um dos lados se sobressair”, comenta Simon.
Nos 12 capítulos, o autor discorre sobre casos de violência no ambiente de trabalho, perseguidores, psicopatas, assassinos sexuais e outros que ele acompanhou em sua carreira.
Medicina e Saúde / Psicologia