De todos os escritores gaúchos, o que melhor retrata o povo rio-grandense, e suas circunstâncias, é Erico Veríssimo.
Na saga O Tempo e O Vento e, de modo especial, em O Continente, há um vasto painel de imagens plásticas, simbólicas, místicas, arquetípicas, que presentificam o homem dos campos e das coxilhas.
O autor de “Imagens Arquetípicas em O Continente de Erico Veríssimo” constata, caracteriza e interpreta as imagens primordiais. As primeiras são primordiais. São elas que dão origem às imagens plásticas e coloridas da instituição criadora do romancista.
As personagens Capitão Rodrigo, Ana Terra, Pedro Missioneiro, Pe. Alonzo, Pe. Lara, Luzia Teinaguá e Ricardo Amaral são belas imagens de gaúchos típicos. Movimentam-se com desenvoltura no grande palco rio-grandense.
A narrativa sempre viva e colorida cria força sugestiva através de grande variedade de imagens signo-verbais, icônicas, simbólicas, míticas e arquetípicas.
Dentre esse vasto panorama de imagens, são postas em destaque, aqui, apenas algumas de maior relevo, como as imagens arquetípicas de casa, vida, personagens importantes, Teinaguá, Céu e Inferno.
As imagens arquetípicas, em O Continente, propiciam uma visão em profundidade da intuição criadora de Erico Veríssimo. Elas alargam os horizontes em todas as direções. Asseguram, a Erico Veríssimo, um lugar de destaque na literatura do Rio Grande do Sul e do Brasil.
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