Na década de 1940, tornava-se popular a ideia de que, no Brasil, o padrão de relações interétnicas era diferente ao dos Estados Unidos ou da Europa. Em terras brasileiras, intelectuais, diplomatas e viajantes observavam com espanto a relação no mínimo fraterna entre os diferentes grupos que compunham o todo nacional. Foi nesse contexto que pensadores norte-americanos e europeus começaram a olhar para o nosso país e a se interessar em nossos pesquisadores. Buscava-se compreender um padrão diferenciado de relações raciais, e, ao que tudo indicava, o Brasil poderia fornecer um bom modelo. Com organização e introdução do antropólogo Omar Ribeiro Thomaz, "Interpretação do Brasil" traduz a importância que o país passa a ter em um mundo cada vez mais preocupado com as consequências violentas e dramáticas do contato entre povos, culturas e religiões.