"Se o instinto religioso não é satisfeito na atividade religiosa, ele busca com que se saciar em outros lugares: na política, nos negócios, na educação e, sobretudo, dentro dos limites de nossa vida privada. Nesses casos, tudo se contamina com anseios e sugestões religiosas veladas, e engendra um fanatismo cuja intensidade e perigo são desproporcionais à sua suposta causa. Por isso, cabe a nós agora começar uma discussão mais séria a respeito de o que é de César e o que é de Deus, tendo em conta que algo deve ser reservado para este último, a fim de que aquilo que é absoluto e divino não seja atribuído ao primeiro. Talvez as minhas próprias incursões em tais assuntos, e a reação que geraram — inclusas as páginas desta obra —, possam contribuir para essa longa e necessária discussão”.
— JORDAN PETERSON
A reintrodução de Deus e da Bíblia na cultura mainstream de hoje não se deve principalmente a um estudioso sobre as Escrituras ou a um bispo, mas a um professor de psicologia sem qualquer afiliação religiosa. As palestras e escritos de Jordan Peterson sobre psicologia, filosofia e religião vem sendo um fenômeno cultural, atraindo dezenas de milhares a auditórios e milhões às suas mídias online, e levando muitos a abandonar o secularismo e a reconsiderar a fé.
Jordan Peterson, Deus e o cristianismo é a primeira análise sistemática, desde uma perspectiva cristã, tanto da chamada “Série bíblica” de Peterson no YouTube quanto de seu best-seller 12 regras para a vida, e de sua sequência, Além da ordem. Tendo como ponto de partida o “cristianismo puro e simples” de C. S. Lewis, a obra é um proveitoso estudo não apenas para os cristãos que querem compreender melhor a significância do fenômeno Peterson, mas também para seus fãs que estão, talvez pela primeira vez em suas vidas, pensando seriamente sobre o que significa crer.
Religião e Espiritualidade