Conheça melhor a vida e a obra de Johannes Kepler, um gênio alemão quase renegado ao esquecimento em sua época. Em meio à pobreza, doenças, guerras religiosas, inquisição católica, a prisão de sua mãe por bruxaria, a perda de vários filhos, Kepler, à sua maneira, conseguiu, depois de uma vida de erros, chegar ao seu objetivo. Numa luta inglória para sobreviver, Kepler revolucionou a astronomia com suas três leis. Na realidade ele descobriu muitas leis, mas três delas se revelariam jóias preciosas, e infelizmente é, praticamente, só por essas leis que seu nome hoje é lembrado.
Um legítimo cientista, um racionalista místico que através da razão atingiu o transcendente, e encontrou deus em sua própria obra, um deus geômetra e matemático, como ele acreditava. Apesar do caos e da grande discórdia da sua época, a harmonia perfeita de sua mente permitiu-lhe escrever a sua grande obra, a Harmonia do Mundo. Kepler legitimou a ciência do renascimento, do descobrimento, do novo, da razão.
Ao contrário do sistema solar aristotélico e ptolomaico, o sistema solar de Copérnico já não colocava a Terra como centro do Universo. A Terra já não era mais fixa nem imóvel, alias, tudo deixou de ser fixo e imóvel. Copérnico não apenas colocou a Terra em movimento fazendo com que o mundo acadêmico começasse a girar em círculos platônicos, mas libertou a imaginação cientifica permitindo que ela desafiasse antigas premissas. O progresso não foi fácil nem imediato, mas depois de Copérnico o mundo passou a ser um livro aberto. É claro que com Galileu e com toda essa liberdade intelectual veio a responsabilidade, a responsabilidade de descrever a Natureza como ela é realmente. E para fazer isso exigiu-se uma nova matemática, a matemática do movimento.