Dietrich von Hildebrand não publicou suas memórias, nem mesmo buscou republicar quaisquer de seus ensaios contra o nazismo. Tampouco desejou, mais tarde, pôr em relevo o seu testemunho em Viena: ele nunca se viu como um herói ou como alguém que merecesse especial louvor. Ter deixado a publicação da sua história à posteridade é prova de um espírito generoso. No entanto, este livro é realmente seu. É um trabalho autobiográfico, uma auto-revelação. Na preparação deste volume, buscamos não alterar o eu quadro: o nosso objetivo foi criar uma moldura bem talhada — sobretudo através de notas históricas — que permita ao leitor reviver a história de Hildebrand com todas as informações elevantes à disposição. — John Henry Crosby, na apresentação. Ideologias extremistas estão brotando novamente à nossa volta e hesitamos em descrevê-las em sua própria linguagem por medo de provocar a sua realização de fato. A leitura de Hildebrand nos recorda que há um único remédio contra uma ideologia de ódio: expô-la à crítica pública e afirmar categoricamente o que ela nega. A fé ardente, que inspirou Hildebrand, não é fácil de recuperar em um tempo cético como o nosso. Porém, ele, através do seu amor à verdade e da sua corajosa oposição a uma cultura pública da fraude, deu testemunho de valores dos quais ainda comungamos. — Sir Roger Scruton, no prefácio.
História / Religião e Espiritualidade