Cancioneiro de Oswald de Andrade, prefaciado por Paulo Prado, illuminado por Tarsila. 1925. Impresso pelo "Sans Pareil" de Paris.
"A poesia > é, entre nós, o primeiro esforço organisado para a libertação do verso brasileiro. Na mocidade culta e ardente de nossos dias, já outros iniciaram, com escandalo e successo, a campanha de liberdade e de arte pura e viva, que é a condição indispensavel para a existencia de uma litteratura nacional. Um periodo de construcção creadora succede agora ás lutas da epoca de destruição revolucionaria, das >. Nessa evolução e com os caracteristicos de suas individualidades, destacam-se os nomes já consagrados de Ronald de Carvalho, Mario de Andrade e Guilherme de Almeida, não falando nos rapazes do grupo paulista, modesto e heroico.
O manifesto de Oswald, porém, dizendo ao publico o que muitos aqui sabem e praticam, tem o merito de dar uma disciplina ás tentativas esparsas e hesitantes. Poesia >. Designação pitoresca, incisiva e caricatural, como foi a do conffetismo e fauvismo para os néo-impressionistas da pintura, ou a do cubismo n estes ultimos quinze annos. E um epitheto que nasce com todas as promessas de viabilidade", assina Paulo Prado.
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