Para Antonella Bragança, o seu círculo social não passava de uma mísera bola de chiclete.
Todos seus relacionamentos - qualquer um deles - duravam a mesma intensidade de um chiclete babado abaixo de uma mesa.
De acordo com sua teoria, as pessoas que grudavam nela e permaneciam em sua vida, eram na realidade, como um chiclete mastigado em uma sola qualquer de um sapato. E se as pessoas evaporavam de sua vida, não passavam de uma bola de chiclete que estourou bem em sua cara.
Antonella seguia a teoria à risca; seus pais eram um grude, assim como seus melhores amigos, e, infelizmente seu professor de Português. A quem a garota jurou que era o pior tipo de chiclete do mundo.
Em um pequeno deslize, Antonella pôde jurar que conheceu sua neurose em carne, osso, espinhas e chiclete de canela.
Romance