Esperava voltar a ver aquele ser que, sem dúvida, era maior do que eu. Até a sua obscuridade parecia luminosa. Deixou-me sem resposta, porque a resposta era essa. Volto a procurá-lo perto dos carvalhos, onde o encontrei pela primeira vez. Chego. Ali está ele sentado na pedra, vestindo, agora, uma longa túnica escura com um capuz. Esconde o rosto. Mas, então, endireita-se e olha-me. Pergunto, hesitante: “Mãe!?” Levanta-se e caminha. Por momentos, deixa-me acompanhá-lo. Dá a volta à pequena casa que está na beira do penhasco. O rio, lá em baixo, enche e faz-se mar, um mar revolto que se aproxima de mim, que ameaça o medo. Aquele ser maior desaparece e deixa-me com o mar nas mãos.
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