Edith Stein teve uma vida impressionante e incomum. Nascida judia, fez-se atéia por um período de sua juventude. Iniciou o estudo da filosofia, tendo por mestre na universidade Edmund Husserl — fundador da fenomenologia, e de quem mais tarde e tornaria assistente —, e levou a cabo um vasto e relevante trabalho intelectual. Impelida a servir seu país, interrompeu os estudos para atuar como enfermeira na Primeira Grande Guerra. Converteu-se ao catolicismo, tornando-se mais tarde monja carmelita. Por fim, presa pela Gestapo, foi assassinada em Auschwitz; e, cinqüenta e seis anos depois, o Papa São João Paulo ii a canonizou.
Para explicar e situar a obra da filósofa e mártir, Alasdair MacIntyre iluminou os pontos cruciais e os insights de seus escritos, e debruçou-se particularmente sobre a relação da filosofia de Edith Stein com a sua vida, considerando tanto o contexto social quanto o da filosofia alemã nas primeiras décadas do século xx. O resultado de sua pesquisa é uma fascinante emonstração de como a filosofia pode não ser simplesmente um complexo de abstrações acadêmicas, mas verdadeiramente formar uma pessoa.
Filosofia / Religião e Espiritualidade