Princípios e certos guias de outros vícios, são sete os pecados capitais: vanglória, inveja, acídia, ira, avareza, gula e luxúria. A compreensão deles evidencia a complexidade da natureza humana nas suas múltiplas escolhas ao buscar algum bem de modo indevido; de fato, o pecado se reveste de um bem aparente para que desperte um interesse distorcido. A ética de Tomás não é uma ética puramente formal, pois há uma ordem clara e delimitada na natureza humana, conforme a medida devida a seu fim, que deve ser determinada nos casos particulares pela virtude da prudência, ao dispor os meios para as virtudes morais. Assim, é importante compreender que o pensamento do Aquinate não se centra apenas nos vícios, mas em uma ética das virtudes opostas a esses vícios. E essa ética não está apenas no âmbito natural, como a de Aristóteles, mas precisa da ajuda divina, de modo que, com a graça, a débil natureza humana ganhe uma nova força para superar os vícios e atingir seu fim devido.
Filosofia / Religião e Espiritualidade