A teoria da sincronicidade, desenvolvida nestes últimos anos, é reconhecidamente uma das áreas de estudo mais originais e de longo alcance da psicologia junguiana. Segundo Jung, as experiências sincrônicas exemplificam uma dimensão da experiência humana que fica além do âmbito explicado pelo raciocínio convencional de causa e efeito.
Em Jung, sincronicidade e destino humano, Ira Progoff, intérprete vanguardista da obra de Jung, oferece um debate fascinante e lúcido sobre a sincronicidade e suas implicações na compreensão da humanidade. Definida de modo bem simples, a sincronicidade acontece quando a condição interior psíquica da pessoa e um evento externo ocorrem simultaneamente de um modo significativo. Conquanto experiências desse tipo sejam constantemente desmistificadas como coincidência ou sorte, a teoria junguiana sugere que "coincidências significativas" demonstram uma dimensão antes inaceitável da experiência humana.
Embora acontecimentos sincronísticos não possam ser causados ou evitados conscientemente, podemos nos tomar mais sensíveis à sua ocorrência. A interpretação concisa e coerente de Ira Progoff da obra de Jung sobre o tema destina se a capacitar-nos a reconhecer e a usar a sincronicidade na nossa vida e no nosso trabalho.
Concebido originalmente e discutido com o próprio Jung, o livro Jung, sincronicidade e destino humano reproduz alguns dos seus comentários manuscritos.
* * *
Ira Progoff é o criador de um método amplamente divulgado de desenvolvimento pessoal, o Intensive Journal Method, e é diretor da Dialogue House, instituição onde esse método é praticado.
Psicologia