Eça de Queirós, considerado o maior romancista de seu país, inaugurou o Realismo em Portugal.
O conjunto de sua obra, incluindo artigos e cartas, traça um panorama crítico da cultura e dos programas sociais e políticos de seu tempo. Seu estilo, que modernizou a prosa portuguesa, é límpido e preciso, e seu tom, cáustico e mordaz, desnuda os vícios da sociedade portuguesa do fim do século XIX.
A Cidade e as Serras (1901) é uma deliciosa sátira dos progressos ainda canhestros dos tempos modernos e reencontro do romancista com a paisagem de sua meninice. Vê-se também aí, no jogo dos contrastes, o apego nostálgico à essencialidade honesta da vida ainda natural e limpa do interior.
Ficção / Literatura Estrangeira / Romance