"Quem suporta sem nenhuma vergonha a contradição? Ora, este contra-herói existe: é o leitor de texto; no momento em que se entrega a seu prazer. Então o velho mito bíblico se inverte, a confusão das línguas não é mais uma punição, o sujeito chega à fruição pela coabitação das linguagens, que trabalham lado a lado: o texto de prazer é Babel feliz". Em um escrito caleidoscópico, quase um bloco de anotações, Barthes analisa o prazer sensual do texto para quem lê ou escreve.
Ensaios / Filosofia / Não-ficção