Estamos vivendo novos tempos. A revolta dos anos de expansão foi substituída pela indiferença e pelo narcisismo. A despadronização e a sedução sucederam a lógica da uniformização. A forma humorística generalizada tomou o lugar da solenidade ideológica. É uma nova era democrática que se traduz pela redução da violência e pelo desgaste do que há um século vem sendo considerado como vanguarda.
Com esse novo estágio histórico do individualismo, as sociedades democráticas avançadas estão agora situadas na era "pós-moderna".
Os ensaios reunidos em A Era do Vazio focalizam o mesmo problema geral: o enfraquecimento da sociedade, dos costumes, do indivíduo contemporâneo da era do consumo de massa, a emergência de um modo de socialização e de individualização inédito, numa ruptura com o que foi instituído a partir dos séculos XVII e XVIII.
"A Era do Vazio representa a síntese do pensamento desse filósofo francês independente, franco-atirador, sem preconceitos e capaz de compreender as novidades do mundo contemporâneo sem a pressa dos julgamentos prêt-à-porter."
Juremir Machado da Silva