Resultado de uma pesquisa de milhares de documentos sigilosos, feita ao longo de três anos no Arquivo Nacional dos Estados Unidos, O GRANDE IRMÃO é a mais completa narrativa histórica das relações diplomáticas entre o governo norte-americano e a ditadura militar brasileira - governos de Castelo Branco, Costa e Silva e Médici, no Brasil, e de Kennedy, Johnson e Nixon, nos EUA.
Além de analisar a antecedência com que foi planejada a Operação Brother Sam - preparada por meio de planos secretos ainda em 1963 -, Carlos Fico aponta o general brasileiro que era o contato entre o então futuro presidente Castelo Branco e o governo de Washington para a entrega de armas, munições e combustível durante o golpe de 64. E revela que os custos da operação - cerca de 2,3 milhões de dólares - quase foram cobrados do Brasil.
Episódios sombrios, como o susto do embaixador norte-americano quando foi avisado de um plano de militares brasileiros para assassinar Carlos Lacerda; lances de suborno, com milhões de dólares gastos na tentativa de conquistar mentes e corações e de influenciar líderes brasileiros; situações burlescas, como as exigências da primeira-dama, D. Yolanda, quando da visita de Costa e Silva aos Estados Unidos; revelações chocantes, como a da instalação de equipamento de detecção de explosões nucleares, sem o conhecimento do governo brasileiro, em base militar operada pelos norte-americanos, secretamente, no Brasil.
O primeiro capítulo de O GRANDE IRMÃO fornece algumas indicações sobre a história norte-americana nos governos de Kennedy, Johnson e Nixon e discute a imagem que, em geral, seus funcionários tinham do Brasil e dos brasileiros. No capítulo seguinte, o autor analisa a fase imediatamente anterior ao golpe de 64 e o golpe em si, inclusive a “Operação Brother Sam”. O capítulo 3 abrange o governo de Castelo Branco, e os demais, os períodos subseqüentes de Costa e Silva e Médici.