Atribui-se a autoria desta imperdível obra, o Corpus Hermeticum, ao grande avatar do Egito antigo, Hermes Trismegisto. Esta obra é um verdadeiro tratado de Cosmogonia, uma visão sobre o Criador e sua Obra, o Universo Fenomêmico composto de inúmeras dimensões e seres que o administram.
De certa forma, Hermes Trismegisto tem alguma ligação com o Profeta Enoque, pois ambas as obras possuem pontos convergentes, desde o contato com um Ser magistral que pega na mão do discípulo e o guia para conhecer a Criação de Deus em todas as suas estâncias.
Escrito por volta do século 3º de nossa era, o Corpus esteve na Biblioteca de Alexandria como uma das obras magnas da sabedoria humana, assim como dezenas de outros livros de autoria do Trismegisto. Lamentavelmente, quase tudo foi perdido, restando poucos resquícios da incrível inteligência desse grande avatar do Egito.
A leitura do Corpus Hermeticum não é fácil nem simples, exige máxima concentração e, principalmente, muita intuição e conhecimento de ocultismo, simbologia e o mais puro hermetismo. Mesmo não entendendo todo o contexto aqui inserido, algo fica em nossa Mente, algo na Consciência e muito em nosso Espírito.
Mas qual a origem, sob o ponto de vista mitológico, desta obra iniciática?
Diz a tradição que o Grande Hermes escreveu sua obra máxima numa tábua de cor verde-esmeralda. Mas qual é o significado e qual é a origem da Tábua Esmeraldina?
Dizem que na testa de Lúcifer, chefe dos anjos do Altíssimo, apelidado também de "Estrela da Manhã" (o planeta Vênus), antes de se tomar o chefe dos anjos caídos, havia uma esmeralda, representando o seu Terceiro Olho.
Quando da sua rebelião e automática descida aos mundos inferiores do Ser (isto é, aos Infernos), essa esmeralda partiu-se, pois sua justa visão do Universo passou a ficar prejudicada, deformada, partida.
Um dos três pedaços ficou em sua testa, dando-lhe a visão deformada que é a única que lhe resta até hoje, e por prazo indeterminado, à discrição do Altíssimo.
Outro pedaço, em sua queda vertiginosa, criando os mundos do Caos, caiu, a meio caminho entre o Céu e o Inferno, isto é, na Terra.
Mais tarde, o Santo Graal, o cálice em que foi recolhido o sangue de Cristo, agonizando na Cruz, foi escavado deste pedaço que caiu na Terra, alvo da busca dos Cavaleiros da Távola Redonda, chefiados pelo lendário Rei Arthur, e sob a sábia orientação do grande Mago Merlin. Até hoje, encontra-se perdido, em algum lugar do espaço astral...
Um terceiro pedaço caiu no astral, no que poderia ser chamado de Caos Filosofal, o Caos dos Sábios, a região absolutamente indeterminada, que, para os que têm a visão pura, é o Céu, e o potencial de criação de todas as coisas, e para os que a têm impura, é o verdadeiro fogo do Inferno, e a Geena. Neste pedaço, foi escrito o texto fundamental de todo o esoterismo e todo o ocultismo: a Tábua de Esmeralda. Quem o escreveu?
Segundo a Tradição ocultista ocidental, seria o célebre Hermes Trimegistos. A identidade desse ilustre personagem continua obscura. Seria o próprio deus Hermes, em pessoa? Um grande mago, do calibre do grande Merlin? O mesmo deus Toth egípcio? A encarnação do Profeta Enoch, ou Enoque?
Segundo a Tradição, esse deus Toth reergueu a religião e a Tradição esotérica no Egito, em algum período de decadência, já esquecido da história, e também de todo o mundo ocidental.
O texto da Tábua de Esmeralda e os textos da Antiguidade atribuídos a este Hermes Trismegisto são apresentados para que o leitor faça seu julgamento próprio. Sabedoria impenetrável?
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