Iaiá Garcia é o último romance da chamada fase romântica de Machado de Assis, publicado originalmente como folhetim de 1o de janeiro a 2 de março (mas não todos os dias) de 1878 no recém-lançado jornal diário O Cruzeiro, com o qual Machado também colaborou como cronista das “Notas semanais”, e publicado em livro naquele mesmo ano. Ainda fiel à tradição romântica (com que o autor romperia no romance seguinte), tem como temas a família, o amor e o casamento. Entre os elementos da trama estão o amor frustrado (entre Estela e Jorge, impossibilitado pela posição social inferior de Estela e pela consequente oposição da mãe de Jorge) e o sacrifício para tentar esquecê-lo (o alistamento para lutar na Guerra do Paraguai), o casamento por conveniência (de Estela com Luís Garcia: “em geral os casamentos começam pelo amor e acabam pela estima; nós começamos pela estima”), o primeiro amor, adolescente (de Iaiá), o triângulo amoroso (Jorge, Estela e Iaiá), a intriga (de Procópio Dias visando frustrar o casamento de Iaiá). Grande parte da trama transcorre no bairro carioca de Santa Teresa, mesmo bairro onde morava a bela Sofia em Quincas Borba e Elisiário em "Um Erradio".
Ficção / Literatura Brasileira / Romance