Com apenas sete anos, Maria da Glória torna-se rainha de Portugal, um país que ela não conhecia. Sua infância foi vivida no Brasil, dias longos e quentes entre os morros verdes e as praias de areia branca, segura pelo amor de sua adorada mãe, Leopoldina da Áustria. A ofuscar esta felicidade apenas Domitila, a amante do imperador do Brasil e seu pai, D. Pedro I. Em 1828 parte rumo a Viena para ser educada na corte dos avós. Para trás deixa a mãe sepultada, os seus queridos irmãos e a sua marquesa de Aguiar, amiga e protetora. Traída pelo seu tio D. Miguel, que se declara rei de Portugal, e a quem estava prometida em casamento, Maria da Glória acaba por desembarcar em Londres, onde conhece Vitória, a herdeira da coroa da Inglaterra, a quem ficará para sempre ligada por uma estreita relação de amizade. Aos quatorze anos, finda a guerra civil, Maria da Glória pisa pela primeira vez o solo de Portugal. Prometeu a si mesma que seria uma boa rainha para aquela gente que a acolhia em festa e uma mulher feliz, mais feliz do que a sua querida mãe. Fracassada a união com o tio, agora exilado, casa-se com Augusto de Beauharnais, que um ano depois morre de difteria. Teimosa e determinada, não desistia assim tão facilmente da sua felicidade e encontra-a junto de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, pai dos seus onze filhos.