Em Esconderijos do tempo (1980), Mario Quintana firma alguns traços essenciais de sua poesia: a inclinação ao fantástico, a instalação do trágico e o trânsito natural entre este e outros mundos. Tais elementos dão nova dimensão e maior alcance a seu lirismo. Neste livro, "O poeta can a si mesmo/ porque de si mesmo é diverso", como diz, aludindo ao caráter multifacetado de sua obra e à possibilidade de ser "outro", explorando escaninhos interiores. Esta poesia é, portanto, espaço privilegiado no qual o tempo se desdobra em viagens antigas e futuras, permitindo a escrita da vida, do quotidiano e de seus mistérios.
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