Um dos grandes clássicos do pensamento europeu no século XX, Minima Moralia reaparece em nova tradução, de Gabriel Cohn, após longa e sentida ausência no mercado editorial brasileiro. Todos os que se interessam pelas marcas que o mundo tal como é deixa na vida cotidiana têm o que pensar nesse conjunto de pequenos textos agudos e provocantes.
Theodor W. Adorno(11 de setembro de 1903 - 6 de agosto de 1969) foi, ao lado do seu amigo Max Horkheimer, figura fundamental no grupo de intelectuais, na maioria da esuqerda alemã judia antifascista, que formou a chamada Escola de Frankfurt na qual se desenvolveu a Teoria Crítica da Sociedade, uma das mais importantes teorias sociais do século XX. O W. do seu nome alude ao ramo paterno, Wiesengrund, um comerciante de vinhos de Frankfurt que sempre o apoiou nas suas andanças intelectuais.Adorno o nome ao qual ele deu destaque, vinha do ramo materno. Sua mãe, cantora, ajudou a moldar seu talento musical, na sua formação como pianista e como compositor (estudou em Viena com Alban Berg, figura fundamental da vanguarda artística na época). Sua obra publicada é vasta (a edição das obras completas passa dos vinte volumes), e inclui estudos filosóficos (como Dialética Negativa, Dialética do esclarecimento, escrito em colaboração com Horkheimer e traduzido no Brasil por Guido de Almeida, e a póstuma Teoria Estética), sociólogos (numerosos ensaios, incluindo o volume com as conferências do seu derradeiro curso na Universidade de Frankfurt, Introdução à Sociologia, recém-publicado no Brasil com tradução de Wolfgang Leo Maar, além da colaboração num grande clássico na área, a obra coletiva ainda no seu exílio norte-americano, The Authoritarian Personality) e sobre literatura (a coleção de ensaios Notas de Literatura encontra-se em edição brasileira, em tradução de Jorge de Almeida), além desta obra-prima que é Minima Moralia, publicada originalmente em 1951.
Não apenas a possibilidade objetiva - também a capacidade subjetiva de felicidade somente se dá na liberdade.