Em onze ensaios, doze diferentes autores analisam criticamente, nesta obra, as contribuições seminais de John Searle à Filosofia da Linguagem. O texto de abertura do livro é assinado pelo próprio Searle, um dos mais reconhecidos pensadores desse ramo da Filosofia, e resume os pontos essenciais de sua concepção acerca da linguagem, apontando ainda para o que ele considera como as implicações mais importantes de tal abordagem.
Na introdução, o filósofo relaciona força, significação e mente ao conceito de intencionalidade. De forma concisa, apresenta seus conceitos centrais, ressaltando que entende a linguagem humana como uma extensão das capacidades pré-linguísticas de outras espécies de animais.
Seguem-se, então, os ensaios, inter-relacionados e agrupados em duas partes, igualmente interligadas: “Da mente à significação” e “Da significação à força” (para Searle, uma análise da significação deve integrar uma análise, também, da força ilocutória, além de uma consideração satisfatória sobre a mente).
Os seis textos da primeira parte examinam aspectos das considerações de Searle a respeito da intencionalidade da experiência perceptiva, que está na base de sua concepção acerca da mente e da própria linguagem. Os cinco últimos ensaios tratam de temas como distinção entre conteúdo de uma proposição e força ilocutória, significação livre de proposições, conexão entre intencionalidade mental e linguística, relação entre mente e atos ilocutórios (estes nem sempre expressariam estados mentais).
Com tais abordagens, que além de críticas abrem novas possibilidades de desenvolvimento de alguns dos temas pertinentes à Filosofia da Linguagem, este volume busca contextualizar, no cenário contemporâneo, as teorias que embasam a multifacetada produção de Searle. Também pretende contribuir para uma compreensão mais aprofundada das questões centrais da Filosofia da Linguagem, que, segundo o pensador, foi o ramo da Filosofia que recebeu as maiores contribuições nos últimos 100 a 125 anos.