Era uma vez o rei Leonês, que morreu em combate. Sua viúva deu à luz um menino e o chamou de Tristão, porque na tristeza havia nascido. O menino foi criado por seu tio Marcos, rei da Cornualha, e se tornou um guerreiro bom e corajoso. Um dia Tristão foi encarregado de descobrir uma esposa para Marcos. Num reino próximo ele encontrou a moça adequada - a princesa Isolda, a Loura - e a levou de navio para se juntar ao rei Marcos. Para garantir que os noivos se apaixonariam um pelo outro, a mãe de Isolda instruiu uma dama de companhia a fazê-los beber um filtro do amor. Mas, ainda durante a viagem, a moça serviu a poção mágica a Tristão e Isolda. Se já se sentiam mutuamente enamorados, a partir desse momento eles se uniram por uma paixão irreprimível e fatal. Isolda, a Loura, casou-se com Marcos. Tristão, por uma estranha coincidência, acabou se casando com uma moça de nome igual: Isolda das Mãos Brancas. Mas jamais puderam esquecer um do outro, e, movidos por esse amor do qual não conseguiam se desfazer, enfrentaram perigosas aventuras e até o fim mantiveram a esperança de permanecer juntos. O ciúme de Isolda das Mãos Brancas, entretanto, levará seu destino para as águas profundas da morte. A lenda de Tristão e Isolda, que há nove séculos vem sendo contada em todo o Ocidente, é de origem celta; surgiu entre os povos que habitavam a Irlanda, a Grã-Bretanha e a França.
Romance