Nos contextos metropolitanos descritos de maneira minuciosa por Canevacci, estão os fluxos comunicacionais carregados de fetichismos visuais, disseminados, sobretudo, pela tecnologia digital que incorpora os atratores, por meio de pedaços simbólicos que impõem percepções nada ingênuas e muito menos manipuláveis. Eliminando essa extensão indefinida entre olhar e a coisa olhada e indicando novas direções para os fetichismos visuais praticados e propagados nas metrópoles comunicacionais.
Neste sentido, as várias linguagens do corpo-bodyscape difundem e, ao mesmo tempo, representam os vários gêneros e subgêneros na cultura ocidental, como contexto de pesquisa e laboratório de práticas em que os corpos se embrenham, provocando a necessidade de se elaborar novos sistemas perceptivos e novas sensoralidades aplicadas ao dinamismo contemporâneo.
O clássico conceito de Fetisch, elaborado por Marx e rediscutido aqui, transforma-se em estilo de vida e envolve aspectos importantes da comunicação metropolitana. São as práticas que misturam publicidade, moda, arte pública e design, mutadas a partir da mercadoria clássica em uma outra, com valor comunicacional.