Com a figura de Ponciano de Azeredo Furtado, coronel por trabalho de valentia e senhor de pasto por direito de herança, destemido caçador de onça-pintada, lobisomem e, sobretudo, de rabo-de-saia, José Cândido de Carvalho conseguiu a proeza máxima reservada a um romancista: a de criar um ser literário dotado de vida própria e perene. Um personagem síntese que resume e corporifica em seus quase dois metros de inútil valentia o heróico e o patético dos últimos senhores rurais da região canavieira do norte fluminense, destronados pelo incoercível processo de urbanização da sociedade brasileira.
Ficção / Literatura Brasileira / Romance