Domenico De Masi (organizador do livro), professor de sociologia do trabalho na Universidade de Roma, consultor de grandes corporações como a IBM, a Glaxo e a Fiat, e elegante teórico da criatividade e do tempo livre na era pós-industrial, já demonstrava, em "A emoção e a regra", que a criatividade é, no mundo da produção, a filha dileta de um equilíbrio delicado entre razão e emoção, entre a fantasia e o senso prático. Segundo De Masi, essa equação é a mola propulsora do progresso do mundo globalizado de produção, da criação artística e do bem-estar. Não basta ser criativo: é preciso espírito empreendedor e paixão motivadora. Estudando a criatividade em empresas contemporâneas, o professor, juntamente com outros autores, descobriu que ela se manifesta muito mais como fenômeno de grupo do que da genialidade de indivíduos trabalhando isoladamente.
Os autores (incluindo De Masi) analisam as estratégias e as formas organizacionais que tornaram possível treze experiências extraordinárias de idealização coletiva, mostrando como esses grupos conseguiram conciliar aspectos aparentemente díspares, sem abrir mão da eficiência. São eles: a Casa Thonet, Anton Dohrn e a Estação Zoológica de Nápoles, o Círculo Matemático de Palermo, o Instituto Pasteur de Paris; o grupo de Bloomsbury, a genialidade politécnica da Wiener Werkstäte, o Círculo Filosófico de Viena, a criatividade racional da Bauhaus, o Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt, a Escola de Biologia de Cambridge, Enrico Fermi e grupo da rua Panisperna, o Instituto Central de Restauração de Roma, Projeto Manhattan em Los Alamos.
História / Sociologia