A fragmentação da consciência, um dos princípios fundadores do modernismo, desencadeou de forma correlata a ideia de fragmentação do corpo. Entre o fim do século XIX e a Segunda Grande Guerra, diversos artistas e escritores europeus se voltaram para a criação de imagens do corpo dilacerado, dispostos a subverter a tradição do antropomorfismo. Em O corpo impossível, Eliane Robert Moraes recompõe o itinerário desse imaginário. Para tanto, promove uma análise da vertente do modernismo francês que vai de Lautréamont aos surrealistas, com particular atenção ao pensamento de Georges Bataille.
Ensaios / Não-ficção