Este livro é uma arguta contestação do establishment norte-americano do século XIX. No entanto é de uma atualidade marcante assim como seu modo peculiar de encarar o assunto desta obra: Os vícios são simples erros que um homem comete ao buscar a sua felicidade individual. Ao contrário dos crimes, não implicam qualquer intenção criminosa relativa a outrem, nem qualquer dano relativo à sua pessoa ou aos seus bens. L.S., no seu exclusivo modo de enxergar o mundo, é tênue a linha que separa vício e virtude: Não há, no entanto, ninguém entre nós que possa extrair para outrem os ensinamentos dessa indispensável lição da felicidade e da infelicidade, da virtude e do vício. Trata-se de qualquer coisa que cada um de nós tem de aprender por si próprio. Para poder aprendê-lo, deve gozar de uma total liberdade de tentar todas as experiências que considere necessárias. Algumas dessas experiências são bem-sucedidas e recebem o nome de virtudes; outras falham e, porque falham, recebem o nome de vícios. L.S. Muito de sua crítica econômica, financeira e política estava baseada no argumento de que muitas medidas eram inconstitucionais. O texto de Lysander Spooner ecoa nesse início de século XXI com sonoridade bem atual, acentuada, hoje como ontem, uma crítica fundamentada à sociedade do nosso tempo.
texto de: http://precodosistema.blogspot.com/2008/04/vcios-no-so-crime.html
Literatura Estrangeira