O fascínio de D.H. Lawrence pelos etruscos vem já de 1920 mas só em 1927, depois do regresso do México, vai visitar, com o seu amigo americano Earl Brewster os locais dessa desaparecida e misteriosa civilização - Cervetri, Tarquínios, Grosseto, Volterra. [...] Lugares etruscos tem, além do mais, a pungência particular que advém de sabermos que um homem já perto da sua própria morte vai beber à fonte de uma civilização dedicada à vida. Na verdade, estava a um ano ou dois de morrer quando vagueou pelos túmulos etruscos. O livro, de resto, só seria publicado postumamente, em 1932. […]
Viajou até à Etrúria na expectativa de encontrar o povo 'naturalmente' perfeito que também já procurara no México; ficou, como ele próprio diz, instintivamente atraído e é esse instinto, tão característico de Lawrence, que tudo justifica, até mesmo a construção de uma filosofia que, apesar da sua fragilidade, tudo pretende abarcar.
Literatura Estrangeira