"Em uma coisa todos os comentários concordam: quando muito jovem Newton tinha um extraordinário talento para a mecânica, que lhe permitia construir modelos engenhosos, fazer moinhos operantes em miniatura, olhar dentro do coração da maquinaria e escutar o toque secreto das rodas, dos dentes e das correntes entrelaçadas. Esse dom era mais que qualquer tipo de habilidade ou mesmo destreza; algo na alma de Newton era capaz de sentir e então aproveitar o fluxo de energia e trabalho nas coisas. Onde homens musculosos arrastando grãos para moer viam apenas pás planas e sombrias girando ao vento inglês [...], Newton podia discernir um alambique abstrato de forças e movimentos em ação, de forma que, no momento em que estudou aparelhos mecânicos, ele não apenas sabia como o moinho era feito, mas também conhecia os princípios pelos quais funcionava [...]".