Este livro, publicado por Octave Mirbeau em 1899 e composto de duas partes distintas, é um clássico da literatura decadentista. É uma alegoria bastante mordaz à ação das potências colonizadoras um pouco por todo o mundo, em particular o impacto devastador da Inglaterra e da França, que por onde passam deixam um rasto de destruição, não apenas de pessoas mas em especial da sua cultura e costumes.
Na primeira parte o autor dá-nos a sua visão dos meandros da política em França. Dificilmente poderia ser mais «politicamente incorreto» na sua descrição. Vale tudo na política e na economia, desde que seja para benefício direto do próprio. A mentira e a manipulação não são apenas aceites, como são a regra do jogo.
Na segunda parte, a ação passa-se na China. Uma vez por semana as portas do presídio de Cantão, e os seus jardins abrem-se ao público para que este se deleite com os horrores infligidos aos sentenciados. Neste jardim, plantado com dedicação e método, a tortura eleva-se a uma forma de arte. Aqui, o sublime (no entender dos carrascos e visitantes) é atingido pela maximização da duração da dor. Não importa o crime. Apenas o castigo interessa nesse jardim.
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