Nesta obra, também indicada como um material didático para novos estudantes de Antropologia, Roberto Kant de Lima discute algumas questões ligadas ao colonialismo cultural, usando como exemplo sua experiência pessoal como estudante nos Estados Unidos. No livro, já em sua terceira edição, revista e ampliada, o autor propõe o debate em torno da concepção da Antropologia como uma disciplina voltada para a compreensão dos problemas enfrentados pela sociedade que a originou, realizada através do método comparativo. A partir daí, procura desvendar como as diferentes formas que a dominação intelectual ou cultural reveste em diversas sociedades, e mesmo dentro de uma mesma sociedade. Afirma Kant de Lima, no prefácio, que "a dominação não pode ser vista como determinada apenas por sua forma mais evidente, a econômica, o que pode levar à conclusão ingênua de que sua supressão pode ser alcançada com uma produção e tecnologia independentes. São muito mais sutis os caminhos do poder, e cabe a nós, antropólogos, explicitá-los como parte da vivência diária de nossas pesquisas".