Em A arte de gozar, Mirian Goldenberg revela de forma divertida e saborosa os segredos de como gozar a maturidade. Afinal, nenhuma mulher nasce livre: torna-se livre!
Inspirada na célebre frase de Simone de Beauvoir em O segundo sexo, “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”, Mirian Goldenberg, especialista em estudos de gênero e envelhecimento, propõe uma nova formulação: “Nenhuma mulher nasce livre: torna-se livre!” A partir do desejo de compartilhar as lições que aprendeu com grandes mulheres — como Simone de Beuvoir e Leila Diniz, por exemplo —, Mirian escreve sobre amor, sexo, tesão, (in)fidelidade, intimidade, amizade, casamento, borogodó, corpo, envelhecimento e, sobretudo, liberdade.
Com base em entrevistas e pesquisas feitas com mais de 5 mil mulheres e homens, A arte de gozar percorre diferentes visões sobre amor e prazer; apresenta a revolução de saber dizer “não”; contesta a ideia disseminada e preconceituosa de que o sexo seria privilégio de mulheres mais jovens; descontrói rótulos e aprisionamentos das escolhas femininas, de querer ou não fazer sexo na maturidade; discute e problematiza a invisibilidade e a vergonha que as mulheres mais velhas sentem com relação ao próprio corpo; discute perspectivas femininas e masculinas sobre fidelidade e infidelidade, autoestima, insatisfação sexual, orgasmo, vídeos pornô, vibradores expectativas no casamento, o marido como capital e homens que se relacionam com mulheres mais velhas; faz a proposta de uma Revolução da Bela Velhice; e nos apresenta ainda às Avós da Razão — três amigas com mais de 80 anos de idade que decidiram criar um canal no YouTube para compartilhar suas conversas em mesas de botecos, com reflexões e muitas risadas sobre a vida e a velhice.
A arte de gozar traz ainda treze lições sobre a velhofobia e o Manifesto das Velhas Sem Vergonhas — que tem como primeiras signatárias as Avós da Razão —, fazendo-nos pensar em melhores maneiras de se gozar a velhice. Nas palavras da autora: “Em tempos de tanto ódio, intolerância, preconceito e violência, gozar é um ato revolucionário.”