Peço atenção para esta observação do cineasta Arnaldo jabor, contida nas páginas deste livro: “O povo olhava embasbacado aquela multidão de jovens que lhes ensinava coisas de dedo em riste, lhes fazia equações, empurrões, gritos de estímulo, eia! sus!”
Jabor, cineasta de senso aguçado para os dramas pessoais, fotografou um instante do nosso drama coletivo, na reação que o povo dispensava ao notável esforço dos jovens militares dos Centros Populares de Cultura que, até o golpe de 64, saíam pelo país pregando a politização. Em prosa e verso. Um esforço ingênuo de atrair para dentro do sistema os deserdados por ele.