A leitura de Joel Rosa de Almeida é, sem dúvida, uma contribuição expressiva para a fortuna crítica de Clarice Lispector, na medida em que privilegia uma fase que podemos considerar ainda não suficientemente explorada e ao mesmo tempo bastante polêmica de sua produção. Nesse sentido, se os textos de Clarice, desafiando qualquer classificação,são, como afirma o autor, "esculturas edificadas em grutas, textos grotescos esculpindo-se em estalactites",eles continuam instigando e desafiando os olhares críticos mais diversos e,por isso, enriquecedores.